Sunday 5 February 2006

Os quadradinhos


O eterno jogo dos quadradinhos. Passeando por esta cidade de Oslo de vez em quando deparo-me com este tipo de imagem. Edifícios massivos, pesados, “grotescos”, dirão alguns, mas por estas paragens são frequentes estes mamutes de peças pré-fabricadas de betão. Pessoalmente não tenho nada contra, talvez pelas qualidades “fotogénicas” deste tipo de edificação, talvez por constituir uma origem dos jogos arquitectónicos que se vão fazendo mais recentemente, talvez pela simplicidade da linguagem, talvez pela leitura clara dos materiais. Poderiam ser muitas as razões pelas quais este tipo de “objecto” me atrai.

No entanto, tento também perceber o motivo pelo qual as pessoas à minha volta tendem o alimentar um “ódio” pessoal a estas formas. A conclusão acaba por ser: os mesmos motivos pelos quais eu me sinto atraído. Os argumentos são a “monotonia” do betão, bem como a cor cinzenta, a repetição até à exaustão da forma, a simplicidade/monumentalidade do volume, a ausência de uma hierarquia de volumes, partes em destaque…etc e tal.

No que me diz respeito olho para estes “caixas” exactamente como a peça em destaque, o ponto marcante, o acontecimento. Este em particular, é o MOMENTO desta praça, o ponto de encontro, a marca e o carácter deste espaço urbano.

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